Um dia como ontem.


É sempre um saco quando nosso cachorrinho está doente.

Acho que talvez falta um pouco de gratidão. Passam vários dias bem, nos dão aquele amor incondicional que só nossos amores de quatro patas nos dão. Mas quando passam mal, nem que seja por um curto período, todas as nossas estruturas são abaladas.

Semana passada a Meg passou mal. Acredito que foi um pouco por conta do estresse do meu pai, que começaria um novo emprego nessa segunda. Começou mancando, depois teve uma diarréia com direito a um pouco de sangue no cocô, o que faria qualquer um de nós apreensivo e pensando o pior.

Depois de levar no veterinário, ela mesma viu que estava tudo bem depois dos exames, talvez uma inflamação na glândula do cuzinho, mas apenas deixar limpo e uma dietinha mais sólida com um anti-inflamatório pra patinha e tudo bem. E, vendo de maneira bem imparcial, ela tem melhorado dia após dia.

Mas os cãezinhos percebem que a casa está tensa, e infelizmente eles acabam passando mal. Talvez pra aliviar um pouco nossa carga? Porém se eles ficam mal, somos nós quem ficamos piores.

Segunda passada foi um desses dias péssimos do ano. Aquele dia que tudo parece que dá errado, mas talvez seja a nossa fraca percepção humana e nossa visão de sempre tentar achar um padrão nas coisas — mesmo quando claramente não tem. Uma ou duas coisas deram errado, mas para a gente parece um fim do mundo.

Mudança de rotina sempre dá uma balançada na nossa cabeça. Eu odeio aqueles papos de coachs dizendo pra gente "sair da nossa zona de conforto". Ninguém quer sair da zona de conforto. Tem gente que vive muito bem nela, obrigado, e são pessoas de imensa sorte poderem viver assim. E mesmo nós humanos não vamos mudar apenas por mudar. A chance de mudar e dar muita merda é grande, e além do medo, tentamos evitar burrices que nos custem caro depois. Mesmo que algo nos incomode, tem que ser algo que nos incomode muito. Mesmo se seja para buscar algo de melhor, essa coisa tem que valer muito a pena.

A verdade é que a gente vive todos os dias torcendo para que o dia seguinte seja igual ao hoje. Ou, no meu caso, que tive uma segunda-feira péssima, que seja igual a, sei lá, a algum dia tranquilo de duas semanas atrás.

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