Power Couple Brasil 2021

Eu gosto de reality shows! Existem vários que volta e meia eu assisto e me interesso. Não assisto ao Big Brother, adoro reality shows culinários e de paquera, essencialmente. De "Bake off Brasil" e "Pesadelo na Cozinha" até "Game dos Clones" e "Terrace House". Esse ano eu quis dar uma chance para essa edição do Power Couple na Record, e aqui estão minhas impressões!

O Power Couple pra quem não conhece é um reality show onde diversos casais de subcelebridades são trancados em uma mansão e, apesar de todas as brigas e amizades que acontecem no programa, eu gosto muito das provas que são realizadas! Cada semana é um ciclo, onde na segunda existe as provas das mulheres, na terça a prova dos homens, na quarta a prova dos casais e votação da berlinda (que eles chamam de "D.R."), quinta é a eliminação, e no fim de semana tem as festas. Uma coisa legal também é que cada cônjuge aposta um valor do dinheiro que recebem no jogo e, se o parceiro/a vencer, o dinheiro da aposta é duplicado.

A Record é ótima em criar as provas! Não são aquela coisa entediante do Big Brother onde o máximo de criatividade que o Boninho tem é correrem atrás de bolinha, corrida, ou prova de sorte. E também não tem aquelas chatíssimas "provas de resistência" do concorrente global também. No Power Couple tem de tudo: provas de inteligência, físicas, velocidade, lógica, e as provas dos casais onde a sintonia dos dois é posta a prova. É um passa-ou-repassa evoluído, com coisas bem criativas. Tem até prova de chuva de baratas em cima das mulheres, e provas onde o homem é lançado no ar como um estilingue ou toma choques bem doloridos. 

Não é pra qualquer um, eu por exemplo não me inscreveria nem a pau!

Outra coisa que eu gosto muito é como é linda a parceria dos casais! Brigas são raras, mas o companheirismo tem pra dar e vender. Acho muito bonito essa cumplicidade de um marido com a esposa, eles ali realmente não se soltam, afinal eles todos são casais também na vida real. Claro que nem sempre os dois são os famosos, mas a relação ali são todas reais e fofinhas! Mesmo estando em panelinhas diferentes da casa, os casais não se desgrudam. E estão sempre juntos ganhando ou perdendo as provas, e eu acho isso muito bonito de se ver. Ser jogado em uma casa onde você não conhece ninguém, em um reality show valendo um prêmio em dinheiro, acaba estreitando ainda mais a relação, onde seu único porto seguro é seu marido ou esposa.

Faltam um casal gay ou lésbico, mas isso vai ser difícil do pastor deixar.

Essa temporada eu a assisti completa. Minha outra experiência de Power Couple foi a primeira edição, em 2016. Eu não assisti as temporadas apresentadas pelo falecido Gugu Liberato, então não tenho muito com o que comparar a atual apresentadora, a Adriane Galisteu. Foram muitos looks, muitas roupas chiques e caríssimas, mas acho que pro primeiro reality show ela até se saiu bem. A produção do programa acabou fazendo ela cometer diversas gafes, faltou organização e planejamento. Teve provas que foram injustas (como a prova da argola) e diversas coisas pequenas que acabaram passando pra gente que assistia. Coisas bem elementares que não acontece no concorrente apresentado pelo Tiago Leifert.

Eu não gosto muito desses programas onde o público decide o resultado. Acho injusto. Ás vezes a pessoa junta, sei lá, umas cinquenta pessoas pra ficarem votando sem parar no site por horas a fio, e acaba pegando um concorrente sem muito carisma e ele parece alguém amado pelo público. Eu mesmo fiz o teste uma vez, fiquei votando sem parar e cronometrei o tempo: em cinco minutos e alguns segundo eu fazia 50 votos. Imagina isso multiplicado por horas se eu fosse mais desocupado? Foi isso o que garantiu a vitória da campeã do BBB desse ano, e não foi muito diferente com o resultado do Power Couple desse ano também.

A Record não divulga a quantidade de votos, apenas a porcentagem. E diversos outros sites davam parciais bem menores de diferença, mas o casal vencedor ganhou com pouco mais de 60% dos votos. Uma pena, pois minha torcida era pra Deborah Albuquerque e Bruno Salomão. Eles eram bem mais antenados, ganhavam muitas provas, competitivos e justos, e eram bons de bater boca também. São o casal modelo do Power Couple, como foram com os campeões da primeira edição que assisti (Laura & Jorge). Já os que os venceram na final não completavam nenhuma prova, só brigavam e batiam boca, e tinham muita força nas redes sociais — participantes ótimos para um BBB, que vive de brigas e desavenças, mas não para um Power Couple.

Mas enfim, esse é o problema do voto ilimitado pro público. Coisa pra se repensar, hein Record?

A final perfeita pra mim seria uma prova ao vivo. Parece que a Record tava com preguiça de fazer uma final decente, essa última semana teve umas quatro eliminações consecutivas, mal teve provas, deixaram tudo pro público escolher — e nem sempre quem se dedicou mais nas provas do programa ganha. A produção marcou bobeira nessa edição de 2021!

Mas apesar do final péssimo, o programa me divertiu bastante! Não vai ser um final ruim que vai estragar toda uma trajetória bacana que tive a chance de ver semana após semana. Parabéns a todos os participantes, e muito obrigado por terem me divertido por todas essas semanas!

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