Guacamelee! Super Turbo Championship Edition (2013)

Faz tempo que não posto sobre games que ando jogando! Francamente não tenho jogado muito, e mesmo as poucas coisas que jogo eu esqueço de postar aqui. Mas esse aqui me chamou a atenção. Um jogo que reúne tradições folclóricas mexicanas, uma ótima trilha sonora, gráficos coloridos, e ambientação clássica de um Metroidvania. Estou falando de Guacamelee! Super Turbo Championship Edition.

Joguei a versão do Wii U. Foram aproximadamente vinte horas, mas muitíssimo bem aproveitadas! O jogo conta a estória de Juan, um morador do vilarejo de Santa Luchita, um pacato agricultor de agave (a planta que é matéria-prima da tequila). E no famoso Dia de los muertos, Juan vai até a cidade se encontrar com sua amiga de infância e paquera, a Lupita, filha do El Presidente. 

Porém nesse famigerado dia o vilarejo é atacado pelo malvado Calaca, vindo do mundo dos mortos, que com sua horda de esqueletos leva Lupita para o reino dos mortos. Desesperado em rever seu amor, Juan recebe a ajuda da lutadora misteriosa chamada Tostada, que lhe dá uma máscara, poderes, e ele se torna um Luchador.


O jogo tem uma arte linda, é todo colorido e muito bem desenhado nos mínimos detalhes! As fases possuem todo tipo de elemento do folclore mexicano: os vilarejos, a natureza, a aridez, tudo ali parece uma grande homenagem à cultura mexicana, pois é tudo tão natural, tudo tratado com tanto respeito, isso sem contar em pegar os elementos do folclore e traduzir em um jogo.

A música também é outro destaque! Existem muitos instrumentos típicos latinos: desde violão até trombetas. Isso aumenta ainda mais a nossa imersão ao jogo, e em cada nova fase, uma composição inédita de fundo. Durante o jogo você tem como fazer a transição do mundo dos vivos para o mundo dos mortos (algo como o espelho mágico do Zelda: A link to the past), e as músicas e o cenário sofrem alterações substanciais, mas sem deixar de serem essenciais. Por exemplo: no mundo dos vivos toca uma música típica mexicana com um dia ensolarado, e quando você muda pro mundo dos mortos o dia vira uma noite com cores frias, e a música ganha uma atmosfera mais sombria! Uma sacada ótima que deve ter dado muito trabalho!

O jogo tem controles muito simples. Como você controla um luchador, seja o Juan ou a Tostada, você pode fazer sequências de combos nos inimigos, com golpes e arremessos. Tudo é muito simples, basta fazer a repetição dos botões corretos. Existem golpes especiais que além de causarem mais dano, ajudam a alcançar lugares distantes, melhorando os pulos. Dar um comando pra cima + A, por exemplo faz você dar um uppercut que te dá um impulso no salto. Isso sem contar que ao longo do jogo você pode se transformar, literalmente, em uma galinha, ou voar nas paredes com um chute voador. Tudo é muito completo!

Eu joguei grande parte dele no co-op com meu priminho, o Miguel, de oito anos. E aí o jogo fica ainda mais divertido com os dois na tela batendo em todos os esqueletos malvados! A tradução dele pro português ficou excelente, brincando muitas vezes com as semelhanças do português e espanhol. O jogo tem vários desafios para quem quiser um pouco mais de diversão. Isso sem contar as diversas referências à série Metroid, como as estátuas Chozo (acima), onde Juan sempre acaba quebrando e deixando o Senhor Bode puto da vida antes de lhe ensinar uma nova técnica!

Acho que o maior problema é que o jogo é muito bugado. Acho que nessas quase vinte horas e jogo, pelo menos umas cinco vezes eu tive que reiniciar o jogo pois ele havia travado em alguma parte. É verdade que o jogo é indie, e nessa parte a gente tem que dar uma colher de chá, mas isso incomodava várias vezes. Ainda bem que o jogo tem um sistema de salvamento bem confiável, e não perdia muito não. Era mais o inconveniente de fechar o jogo e abrir de novo mesmo.

Nota final: 8

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