As semanas que demoraram a passar.


Só quem tem um pet em casa sabe o quão estressado a gente fica quando fica doente. Essas semanas foram terríveis, em um mês que em geral nunca me deu muito problema. Mas agosto foi praticamente toda semana na veterinária, num mês que não consegui parar pra desenhar ou fazer alguma outra coisa, de tanta preocupação.

Tudo começou ali no começo de agosto. Minha mãe, numa manhã de domingo, disse que a Meg tinha cagado na cama a noite inteira. Eu achei muito estranho, era algo que de facto parecia um cocô, mas não tinha cheiro de merda. Mas como a aparência era bem nojenta, ficamos atentos.

Ela parecia super bem, estava disposta, e o cocô naquele dia estava com uma aparência bem saudável. Mas foi uma vez quando a levantei para ficar com ela no meu colo que eu vi uma meleca marrom sendo expelida da vagina dela. Com uma aparência bem de bosta mesmo, mas sem o cheiro.

Improvisamos uma frauda com uma calcinha velha, mas o corrimento não parou. E isso nos deixou muito preocupados, e fomos no dia seguinte no veterinário. A doutora pediu para que um ultrassom fosse feito, mas tinha quase certeza que era uma coisa chamada biometra: uma inflamação no útero da cadela, que a faz expelir esse líquido viscoso. E que seria necessário castração se confirmado o prognóstico.

Fiquei bancando o enfermeiro da cachorra, fazendo limpeza de hora em hora na vagina dela. E o corrimento de facto diminuiu muito com o passar dos dias. Até achei que ela estivesse livre da possibilidade de cirurgia, mas quando levamos o resultado para a veterinária descobrimos que não havia opção: era biometra mesmo, e tinha que entrar na cirurgia o quanto antes.

A cirurgia ocorreu na sexta feira antes do feriado da independência (dia 3). E embora fosse uma cirurgia corriqueira, que todo veterinário deve fazer de olhos fechados, eu fiquei muito apreensivo. Lembro que a deixei no veterinário e voltei andando pra casa. Quando cheguei em casa fiz uma oração para que corresse tudo bem, e fiquei aguardando e recitando mantras enquanto a cirurgia era feita.

Fiquei extremamente agradecido quando tudo terminou bem! A Meg ainda ficou uns dias em observação, tinha os pontos, o pós-operatório e tudo mais, afinal o útero dela teve que ser retirado. Os pontos foram todos tirados semana passada, e sua recuperação foi em tempo recorde!

Mas nessas semanas fiquei praticamente dedicado cem por cento nela. Tinha uns desenhos que queria começar, mas não estava com cabeça. Agora a Meg, que até chegou a me morder, agora está morrendo de amores por mim: por onde vou ela vai atrás. 

E até adotou a minha cama para dormir. Pelo menos durante a semana. Nos finais de semana ela continua preferindo dormir com meu pai.

E que fique com saúde e com a gente por muitos anos a mais, branquela!! Chega de sustos!

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