Livros 2021 #21 - Uma canção de natal (1843)
Para terminar o ano do clube do livro, fomos com um clássico natalino! A obra imortal do inglês Charles Dickens, que serviu de base para inúmeras obras, filmes, desenhos, livros e moldou grande parte da comemoração natalina como conhecemos hoje: "Uma canção de natal". Em um tempo muito antes do Papai Noel vestir vermelho, mas depois das pessoas esquecerem quem foi Jesus, Dickens traz aquela mensagem bonita de amor, caridade e ajudar o próximo.
O livro já teve trocentas versões lançadas: desde uma animada com o Jim Carrey até uma versão no The Sims. E isso não é à toa: é um clássico que fala sobre o espírito natalino muito antes de qualquer outro.
O livro conta a história de Ebenezer Scrooge, um cara avarento e que detesta o Natal. Ele recebe a visita do espírito de Marley, seu falecido sócio, que diz a Scrooge que ele vai receber a visita de três espíritos: o do natal passado, que o faz ter diversas reminiscências sobre sua infância e traumas que o fizeram se tornar o que ele é hoje, do natal presente, onde ele vê como é a vida de diversas pessoas sem condições dignas de desfrutar do feriado natalício, e por fim o espírito dos natais futuros, que mostra como serão as coisas se ele não mudar e refletir sobre sua vida.
É uma obra bem curtinha, mas muito gostosa de ler. Charles Dickens foi um dos maiores autores da sua geração, e aqui entendemos o porquê: esse livro, mesmo escrito meio que às pressas, obrigou Dickens a usar muito do seu dinheiro próprio para torná-lo realidade — em um tempo que não havia Netflix e as pessoas liam livros. Ao mesmo tempo ele continha ótimas gravuras que em geral vêm juntas até hoje nas edições.
Dickens dita a velocidade da narração e consegue acelerar e desacelerar o fluxo dos acontecimentos de uma maneira que apenas ele é capaz! Gosto muito das reflexões dele próprio no meio da obra, quase como se ele fosse um contador de histórias imortal que sempre está aqui contando seu livro. A construção dos personagens é ótima, acabamos gostando de vários, e é uma pena que ele seja ao mesmo tempo tão curtinho. Adoraria saber mais sobre cada uma das vidas ali mostradas.
Uma obra pra no mínimo revisitar todo ano na época do Natal!
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