Livros 2022 #14 - Mamãe & eu & mamãe (2013)


Eu já tinha conhecido Maya Angelou do livro "Lute como uma garota" naquele ótimo perfil que a descreve. Esse mês do clube do livro tivemos a oportunidade de conhecer uma obra dessa importante escritora afro-estadunidense, que, por meio de suas obras biográficas — compreendendo vários períodos distintos de sua vida — mostra não apenas sua trajetória incrível, como também um retrato primoroso do quão racista são os Estados Unidos da América.

Cada escritor tem seu estilo, e Maya faz parte de um gênero que nem todo mundo pode dizer que possui esse tipo de experiência de vida — especialmente porque cada livro dela retrata uma época distinta que ela viveu. Esse gênero é o de autobiografias.

Um livro muito fácil e simples de se ler. Não possui uma linguagem difícil, e é bem diretão. Em apenas uma sentada li quase cem páginas (o que dá quase metade do livro). O jeito que Maya Angelou escreve nos prende muito, talvez muito pela sua franqueza e simplicidade.

Como ela é, além de uma grande poetisa, também uma escritora autobiográfica, cada uma obra dela retrata uma época que ela viveu. Esse livro em específico foca na vida dela com sua mãe, Vivian Baxter. Sua mãe a abandonou com seu irmão aos cuidados de sua avó, que aparece bem pouco no livro. Essas histórias dela com sua avó são mostradas em outra obra dela, o "Eu sei por que o pássaro canta na gaiola".

Em "Mamãe & eu & mamãe" Maya fala do abandono e da dificuldade em retomar uma relação que foi cortada. O estranhamento inicial com a mãe, suas tentativas de reaproximações, e as inúmeras muralhas que Vivian teve que derrubar para alcançar o coração de sua filha Maya.

Ao mesmo tempo o livro também mostra o amadurecimento dessa relação, mas sempre contando os pontos decisivos de sua vida que pode compartilhar com sua mãe — e ela participou de muitos momentos-chave da vida da filha.

Minha única crítica é que o livro é muito curto. Maya Angelou conta sua história de uma maneira muito deliciosa, a gente viaja junto dela do começo ao fim. Sua vida foi rica em experiências, e refletir sobre tudo o que ela viu e passou é uma ferramenta imprescindível para entender a atualidade.

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