Dinheiro de nada vale sem amor.

Mais uma da série das minhas aventuras entre clássicos. Como já viram, assisti a Sayonara, e dessa vez resolvi assistir a um que sempre tive muita curiosidade. A curiosidade principal por essa donzela lindíssima aqui do lado, Audrey Hepburn no filme estrelado por ela mesma, Bonequinha de Luxo (1961), e a segunda é por pura e simples curiosidade de ver do que o filme trata.

Eu sou meio chato pra ver filme, hahaha... Vejo filmes de uma forma estranha: assisto normalmente a uma hora mais ou menos, depois saio, dou uma volta e depois volto pra ver a outra hora. Isso com bom filmes, ou ruins também, e eu por incrível que pareça entendo melhor o filme assim, e esse intervalinho me impede de dormir (o que me acontece com até uma certa frequencia no cinema... Não tem como pausar, poxa!). Mas esse foi bem diferente. Assisto também filmes numa sentada no sofá única, sem pausas, e esse foi bem assim. Indicadíssimo!

Comédia romântica daquelas bem bobinhas e adoráveis. Afinal, diga-se de passagem, são esses tipos de romances bobinhos que são os mais legais. E muito hilário também, obviamente o hilário da época, mas bem sadio.

Obviamente, como eu tava falando com a Natalia (Tetisu) que o filme é entupido de clichês Hollywoodianos, em especial aos asiáticos e latinos, coisas que os americanos ao fazer filmes ainda usam muito. Um desses clichês por exemplo é o fato de asiáticos sempre serem pessoas meio invisíveis nos filmes - eles dificilmente se relacionam com alguém que não seja igualmente oriental - e são pessoas de poucos diálogos, embora isso hoje em dia esteja mudando. Um infeliz reflexo do preconceito que muitos tem com o povo dos olhinhos puxados, em especial com essa característica deles de serem meio isolados e tal, só se relacionarem entre eles e tudo mais, embora seja mais uma coisa da sociedade do que uma consequência comportamental deles...

Mas tirando isso, muito bom! Audrey foi indicada ao Academy Award por esse filme, mas perdeu pra italianíssima Sophia Loren em 61. A trilha sonora é muito empolgante, e a atuação na pele da Holly Golightly (Hepburn) é simplesmente contagiante. A cena final vai fazer muito marmanjo chorar também, hahaha...

A lição desses filmes clássicos é sempre uma coisa à parte. Verdade que filmes assim provocam uma moral e uma ética nas pessoas, mas também falam de coisas como verdade. Já vi muitas garotas que correm atrás de um cara com dinheiro ou um belo carro, mas nunca percebem que isso tudo de nenhum valor tem a não ser um verdadeiro amor, exatamente como a Holly mostra no filme, por ser uma acompanhante que não tem a mínima noção de suas despesas.

Legal ver também nas entrelinhas do filme como muita mulher perde um amor, ou às vezes nunca entendem, que exatamente aquele cara que fica mais pegando no pé é exatamente o que mais tem algo a dividir e ser feliz com a pessoa. Quem tá apaixonado mesmo passa meses atrás da pessoa que gosta até conseguir, e tá mais que certo. Só desiste mesmo quando vê que nada vai rolar mesmo, como eu. ;D

Mas aí se perdeu bem... Pelo menos como eu sempre digo tem que ficar triste não. Pelo menos tentou, tanta gente nem tenta e nem corre atrás, celto Cebolinha? Gostei bastante! Peguem pra assistir, é antigo, é clássico, mas definitivamente não é nada chato! É adorável.

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